O governador Moura Cavalcanti proibiu a passeata da oposição no Recife e em Caruaru contra o presidente Geisel.
O deputado federal Ulysses Guimarães, presidente nacional do MDB, anunciou que realizaria uma carreata no Recife e em Caruaru para reivindicar o retorno das liberdades democráticas no Brasil.
O presidente Geisel solicitou ao governador Moura Cavalcanti que proibisse esse ato. Em resposta, o chefe do Executivo pernambucano pediu ao deputado estadual Carlos Veras, presidente da Assembleia Legislativa, que entrasse em contato com o senador Paulo Brossard para que as manifestações fossem realizadas em locais fechados, como a Faculdade de Direito do Recife e o Círculo Operário de Caruaru. No entanto, o acordo não foi cumprido, e a Polícia Militar, com viaturas, cavalos e cães, impediu as manifestações. O deputado Ulysses Guimarães, os senadores Paulo Brossard e Teotônio Vilela fugiram em um táxi do local.
No dia seguinte, o ato foi realizado em Caruaru em local fechado, mas a cidade foi invadida por viaturas, cavalos e cães, e quem não portasse documentos pessoais era preso. Carros com documentos atrasados eram apreendidos.
O deputado Fernando Lyra (MDB) fez um pronunciamento na Câmara dos Deputados, explicando que a carreata não foi realizada para evitar agressões ao povo. O episódio foi destacado na Voz do Brasil.