Durante as décadas de 1950, 1960 e 1970, João Belmiro, também conhecido como João Belmirov, destacou-se como um fervoroso defensor do comunismo e crítico ferrenho do capitalismo. Ele também fazia severas críticas à Igreja Católica, o que lhe rendeu fama e controvérsia na sociedade da época.

Em 1962, João desempenhou um papel importante na campanha vitoriosa de Miguel Arraes para o governo de Pernambuco. No entanto, em 1964, enquanto trabalhava como funcionário da Coletoria Estadual, foi aposentado precocemente.

Anteriormente, em 1951, João havia sido transferido para o Sertão pelo deputado caruaruense Irineu de Pontes, que então ocupava o cargo de secretário da Fazenda. A transferência foi uma tentativa de afastá-lo devido às suas ideias de esquerda.

Em 1963, quando Miguel Arraes já era governador, João manifestou o desejo de passar um dia no Palácio do Campo das Princesas “para ver os lacaios”, como ele mesmo disse. O pedido foi atendido pelo governador, episódio relatado pelo jornalista Sebastião Nery em seu livro Folclore Político.

João Belmiro também foi citado em obras como Poder Humor, de Gustavo Krause e Fernando Menezes, e é o tema principal de um livro escrito pelo médico Luiz Carlos Lins, que presta uma homenagem à memória do mais antigo comunista de Caruaru.

 

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