Em 1979, durante uma visita oficial a Salvador, o então presidente João Batista Figueiredo esteve presente em diversas solenidades e inaugurações, a convite do governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães.
Após um dia intenso de compromissos, o presidente percebeu que havia perdido seu relógio de pulso — um valioso Rolex de prata. Inicialmente, não se sabia ao certo em qual momento o objeto havia sido extraviado. A primeira suspeita recaía sobre o tumulto ocorrido durante uma visita à tradicional Igreja do Bonfim, quando a multidão rompeu o cordão de isolamento e cercou Figueiredo para abraçá-lo.
No entanto, horas depois, veio a boa notícia: o relógio havia sido encontrado. Ele havia caído durante a visita ao Hospital Santo Antônio, da Irmã Dulce, e foi localizado por uma jovem humilde, Renilda de Oliveira Figueiredo. Apesar do sobrenome, a moça não tinha qualquer parentesco com o presidente.
Em um gesto simbólico e digno de destaque, o governador Antônio Carlos Magalhães acompanhou Renilda até o Palácio do Planalto, em Brasília, para que ela entregasse pessoalmente o relógio ao presidente. O momento foi registrado com fotos, sorrisos e ampla cobertura da imprensa falada, escrita e televisionada.
O episódio marcou não apenas uma anedota curiosa da vida presidencial, mas também um gesto de honestidade que repercutiu em todo o país.