O escritor Jorge Amado, em 1977, elogiou os artesãos caruaruenses Antônio Manoel, Manoel Eudócio e José Rodrigues, discípulos do Mestre Vitalino, que produziram peças inspiradas no trabalho do pintor Carlos Bastos, retratando a figura alegre de Tieta, a pastora de cabras, e a magia de sua expressão. Essas obras foram enviadas ao Rio de Janeiro pelo então prefeito Anastácio Rodrigues, e Jorge Amado, entusiasmado com o trabalho dos artistas, escreveu uma carta ao jornalista João Condé enaltecendo o talento dos artesãos e celebrando o sucesso do livro Tieta do Agreste, que ganhava reconhecimento em todo o Brasil.
O impacto da obra de Jorge Amado foi tão grande que, em 1989, o autor pernambucano Aguinaldo Silva, com a colaboração de Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares, adaptou a história para a televisão, resultando na novela Tieta, exibida pela TV Globo. Curiosamente, os direitos autorais para a televisão foram adquiridos pela atriz Betty Faria, que se apaixonou pelo papel e interpretou a protagonista na novela de grande sucesso.
A história de Tieta também chegou ao cinema pelas mãos do renomado cineasta Cacá Diegues, que dirigiu a adaptação cinematográfica Tieta do Agreste, lançada em 1995. Diegues, um dos grandes nomes do cinema brasileiro, foi responsável por diversos filmes premiados, como Xica da Silva (1976), Bye Bye Brasil (1980) e Veja Esta Canção (1994).
Infelizmente, na madrugada desta sexta-feira (14) de fevereiro de 2025, Cacá Diegues faleceu aos 84 anos, após complicações em uma cirurgia. Sua partida deixa uma lacuna no cinema nacional, mas seu legado permanece vivo através de suas obras, que continuam a emocionar e inspirar gerações.