Na véspera do São João de 1963, o jornalista José do Patrocínio recebeu da redação de O Globo, no Rio de Janeiro, a missão de produzir uma reportagem sobre os bacamarteiros de Caruaru. Partiu do Recife rumo ao Agreste, entrevistou diversas pessoas, tirou fotografias e escreveu uma matéria de página inteira. No entanto, ao ver a manchete estampada na edição do jornal que chegou a Pernambuco, sentiu raiva, medo e profunda decepção:

“Bacamarteiros de Caruaru são o exército particular do governador”

A manchete fez parte de uma campanha articulada pelo jornal carioca contra o presidente João Goulart e os governadores estaduais de esquerda, como Miguel Arraes. Naquele contexto político polarizado, O Globo buscava minar a credibilidade de figuras ligadas às forças populares e progressistas.

A publicação gerou uma enorme repercussão e lançou o nome do repórter pernambucano, que iniciou sua carreira no jornal Vanguarda de Caruaru e passou pelo Diário de Pernambuco e pelo Jornal do Commercio, no centro de uma grande polêmica.

Anos depois, em entrevista à Rádio Cultura do Nordeste, José do Patrocínio relatou que chegou a receber um telefonema do próprio governador Miguel Arraes após a publicação. Diante da pressão política e do clima de tensão, o jornalista foi forçado a desmentir a matéria.

A ligação dos bacamarteiros com Arraes foi construída de forma distorcida. Quando o então governador tomou posse pela primeira vez, os bacamarteiros de Caruaru estiveram presentes em frente ao Palácio das Princesas, chamando a atenção com seus estampidos. A viagem foi organizada pelo comerciante Abdias Lé, então presidente do Partido Comunista em Caruaru, que alugou um ônibus para levar o grupo à capital. No entanto, os bacamarteiros eram, em sua maioria, agricultores e feirantes da tradicional Feira de Caruaru, e nenhum deles possuía filiação partidária.

Hoje, como naquela época, os bacamarteiros desfilam orgulhosamente durante os festejos juninos de Caruaru, preservando uma tradição cultural centenária.

O professor e escritor Mário Sette já registrava a presença dos bacamarteiros em Caruaru na imprensa pernambucana em 1920. O escritor caruaruense Nélson Barbalho também fez diversas menções ao grupo em seus livros e na imprensa, especialmente em sua coluna semanal no jornal Vanguarda.

Fotos: Karla Vidal

Em maio, o preço médio da cesta básica em Caruaru ficou em R$ 675,65. De acordo com a pesquisa, realizada pela Prefeitura de Caruaru por meio do Procon, o levantamento foi realizado em 12 estabelecimentos, situados em 12 bairros, entre 27 e 29 de maio, e em comparação com o mês de abril houve um aumento de R$ 11,61 no preço médio da cesta básica, o que representa uma alta de 1,75% para o mês.

O preço médio representa um impacto de 43,85% sobre o salário mínimo atual. De acordo com o Procon, as equipes de fiscalização registraram os preços de 27 itens, dos quais, 19 foram de gêneros alimentícios, 4 de limpeza doméstica e 4 de higiene pessoal. Dos itens pesquisados, em relação à pesquisa anterior, 15 itens tiveram seus preços aumentados e 12 itens tiveram redução de preço, em relação à pesquisa realizada em abril.

Itens que tiveram maior redução no preço médio:

* a bandeja de ovos com 30 unidades, redução de 13,9% (era R$ 20,36, passou para R$ 17,88);
* empatados em segundo lugar, o pacote de 400 gramas do macarrão espaguete, com redução de 5,5% (era R$ 2,35, passou para R$ 2,23) e o sabonete, também com redução de 5,5% (era R$ 1,65, passou para R$ 1,57);
* em terceiro, o fubá (pacote com 500 gramas), com redução de 5% (era R$ 1,40, passou para R$ 1,34).

Itens que tiveram maior aumento no preço médio:

* o quilo da cebola, com reajuste de 13,2% (era R$ 5,20, passou para R$ 5,88);
* pelo segundo mês consecutivo, o fígado bovino, com reajuste de 10,8% (era R$ 12,98, passou para R$ 14,38);
* a charque de segunda, com aumento de 7,32% (era R$ 38,35, passou para R$ 41,15, o quilo).

De a cordo com a pesquisa, a diferença de preços entre os estabelecimentos chega a 232,32%, no caso do sabão em pó.

O preço do gás de cozinha também teve aumento em maio em R$ 1,20 (correspondente a 1,24%), em comparação à pesquisa anterior, com preço médio de R$ 98,65 (gás GLP 13Kg). A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de maio em 10 estabelecimentos da cidade.

O menor valor à vista, com retirada no local, foi de R$90,00 (Santa Rosa, Vassoural, Pinheirópolis, José Carlos de Oliveira, João Mota, Kennedy e Nova Caruaru). Já o menor preço a prazo, com retirada no local, foi de R$93,00 (Pinheirópolis, José Carlos de Oliveira e Cedro). Para compra a prazo, com retirada no local, o maior preço encontrado foi R$100,00 (Santa Rosa, Vassoural, Kennedy, João Mota e Nova Caruaru).

O consumidor pode ter acesso à pesquisa completa pelo WhatsApp do Procon Caruaru: (81) 9 8384-5909. Caso precise de atendimento, o consumidor deve procurar o Procon através dos canais de atendimento, pelo telefone (81) 3101-0088, pela plataforma Caruaru Digital, ou ainda na sede, que fica localizada à Rua Silvino Macêdo, nº 71 (na mesma calçada da agência dos Correios), de segunda a sexta, das 8h às 14h.

Fotos: Elvis Edson

O vereador Anderson Correia (PP) apresentou, nesta terça-feira (03), uma indicação ao Governo do Estado de Pernambuco solicitando a redução da alíquota do ICMS aplicada à ração para animais não-humanos. A proposta é que a tributação passe dos atuais 18% para 7%, mesma alíquota aplicada ao arroz e ao feijão, itens considerados essenciais da cesta básica. A sugestão contempla rações de até 25kg, produzidas em território nacional e sem adição de corantes. Para o parlamentar, defensor da causa e dos direitos dos animais, a medida busca reconhecer a alimentação dos pets como item essencial, garantindo preços mais acessíveis e alívio econômico para os que mais precisam.

“Essa medida é de grande importância e beneficia os que mais precisam, como os tutores baixa renda, ONGs da causa animal, protetores independentes, entre outros. Solicitamos o estudo para que a alíquota da ração passe a ser a mesma do feijão e do arroz no estado de Pernambuco para tornar o preço mais acessível a todos, possibilitando uma vida mais digna para os pets, como prevê a Constituição Federal em seu artigo 225, parágrafo 1º, inciso VII, que veda atos cruéis aos animais”, destacou Anderson.

Além do impacto direto no orçamento dos tutores, a proposta também pretende ajudar no combate ao abandono de animais, que, segundo o vereador, muitas vezes ocorre por falta de recursos financeiros. “Isso não justifica o abandono, mas evidencia a necessidade de políticas públicas que deem suporte a quem cuida dos animais com responsabilidade”, completou.

Pesquisa